sábado, 17 de outubro de 2009

PAULINHO TRINDADE (THE BEST)



Estive costurando no coreto da Praça Oswaldo Cruz, na pequenina cidade do interior de São Paulo, chamada São Luís do Paraitinga, ajudado pelas queridas mulheres locais, que querem participar pelo prazer da festa, em chita e fuxico. Recortando os estandartes, colorindo o local onde nasceu o grande sanitarista brasileiro. Pregando adereços, com o conservado casario centenário que circunda a praça, por testemunha do encantamento da vida caipira. Colando fitas e flores de crepom, vendo passar carros de boi e garbosos tropeiros rumo às roças. Este maior conjunto arquitetônico histórico Paulista, tombado, é uma estância turística, emoldurada por janelas lindas que vêem a vida lenta e gostosa passar. Onde a TV Bandeirantes gravou seu primeiro programa Musical Especial, sobre o Centenário de nascimento do mestre Eupídio dos Santos, autor de "Casinha Branca" e das trilhas dos filmes de Mazaroppi, estrelado por Fafá de Belém, Zeca Baleiro e Zé Renato, entre tantos. Terra de gente humilde, maravilhosa, fazendo o que de melhor os brasileiros têm: sendo generosos fraternos. Do nada, surge um senhor, admirando as guirlandas do Divino, que elegi como peça principal do cenário, todo pesquisado na imagética local. Ele me diz: "sabia que o Divino tem sete cores, cada uma representando um dom?". “Querendo ouvir mais, digo não, e ele, orgulhoso, enumera: azul é a sabedoria, prata o entendimento, verde o conselho, vermelho a fortaleza, amarelo a ciência, azul escuro a piedade e roxo, o temor de Deus”. E desaparece na praça, pois cumpriu o destino de ser gente, de ser amigo, de ser orientador. O que mais se espera dos humanos? Deus salve os Jecas Tatus deste Brasil sertanejo, opulento de sabedoria e bem viver. Este blogueiro aproveitou esta postagem do Milton Cunha em seu blogger para mostrar como os bons carnavalescos podem ser aproveitados em decorações de festas, shopping etc. Cito, por exemplo, Paulinho Trindade, excepcional profissional. E mais, falo porque conheço muito bem a cidade citada pelo fantástico Milton Cunha. Na foto da para ver como da para preservar-mos, a historia do nosso Brasil, carnaval nesta cidade ainda é banda no coreto (marchinhas e outras das antigas), ainda servem o famoso afogado (carne refogada em grandes panelas durante 24 horas) de graça para o povo em praça publica. Enquanto em uma Ilha no sul do Brasil, conseguiram acabar com todas as festas do POVO ENTENDEM?.

Um comentário:

Paulo Farias disse...

Conheço a cidade, e posso dizer que a gente se sente no secúlo 18. Pesquisar é isto, parabéns.