quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

QUANDO EU MORRER JOGUEM MINHAS CINZAS NA PASSARELA DO SAMBA

FOTO DO CARNAVAL PRAÇA XV 1988+CONSEGUIRAM ACABAR.
Amigos acho que deu para estas pessoas da Setur, não acham? Eles têm só 12 meses para planejar o carnaval e antes de 40 dias do desfile oficial nada esta definido, nem cito os bairros e o centro da cidade que acabou definitivamente, posso ficar calado e vendo toda esta confusão?. Querer ficar isolado eu queria mais não da, minha vida sempre foi o carnaval e eventos de grandes portes, coordenar a festa passou a ser rotina para mim e uma rotina que não cansava pois quem sabe não brinca com esta festa e sim brinca na festa. Aposentei-me da PMF e tenho todo o tempo do mundo, e como disse o Zagalo vão ter que me agüentar. A partir de hoje todos os dias vou postar uma matéria. Mas se alguém não gostar é porque tem o rabo preso, ai é que eu gosto mais ainda de escrever neste blog menos lido do Brasil. Uma historia de amor e vida no carnaval de Florianópolis, da qual ele é uma das relações culturalmente mais forte. A anarquia carnavalesca é na realidade a anarquia histórica do Brasil, da mistura de raças, da sensualidade da selvageria, da malandragem, da preguiça, do sentido de improvisação criativa. A necessidade de evoluir em função de determinadas formas de organização econômica, a influência de outras formas civilizatórias, a vergonha de sermos um povo mestiço e juvenil, a impossibilidade de se desenvolver em formas próprias de organização institucional fizeram com que esta verdadeira façe ficasse escondida durante quase todo o ano, diante da necessidade de integração no universo das nações da aldeia global, no internacionalismo das relações econômicas ou como preferirem. Na verdade o povo brasileiro só está nas ruas como é realmente nos quatros dias de carnaval. E é certamente no carnaval que temos encontrados umas das fontes mais ricas para a criação de uma dramaturgia, como o trabalho que estou produzindo e vou realizar. Esse pensamento de se meter a cineasta reflete o meu interesse pelo carnaval. Entretanto, forçoso é reconhecer que, a partir do pensamento em fazer algo que me fascina a vida toda, e deixar pelo menos algumas lembranças nestes 50 anos de carnaval, pois ainda criança já tocava caixa na banda do meu pai. Mas este interesse diminuiu a ponto de quase desaparecer apos a metade desta década de 2000. Não existe, praticamente,uma preocupação dos cineastas catarinenses com abordagem do (TEMA)carnaval sob o ponto de vista sociólogo, antropológico, histórico e econômico nos dias de hoje. Isto tudo me motivou a trabalhar neste projeto (LIVRO E FILME), em mostrar um pouco dos sessenta anos do carnaval de FLORIANÓPLIS.

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