segunda-feira, 6 de abril de 2009

HISTORICO DA SOCIEDADE CARNAVALESCA TENENTES DO DIABO





Fotos da entidade, em épocas de ouro. Na foto o grande artista plastico E CARNAVALESCO Sr. Murilo, que já nos deixou. A quem tive o prazer de trabalhar durante dois meses pois eu ser o carnavalesco e autor do enredo do Zininho, em 1999, e que foi considerado pelo título na capa do Diário Catarinense. Como o melhor carnaval da protegidos em 50 anos, Não fui eu que disse e sim o jornal Na continuação das próximas postagens, mostraremos as mais recentes. em não se lembra deste disco voador fazendo mutação. Deu um show. Posso falar de cadeira e com muita liberdade, sobre a grande Sociedade Tenentes do Diabo. A muitos anos conheci uma pessoa que eu via só tralhando as noites, feriados e domingos, quando de folga em sua função de ex delegado de Policia Civil. Esta pessoa chama-se Paulo Leifer, homem de grande virtude, muito serio e principalmente uma apaixonado pela carnaval, principalmente pela entidade que ele comandou por décadas. Quando o encontro nas ruas de Florianópolis sempre pergunto, valei todo este esforço Dr Paulo?, ele na hora responde, nunca fiz carnaval para só ganhar título e sim mostrar para o publico um espetáculo, digno de ser reconhecido. Como os carros de mutações são feitos praticamente com trabalho de artesão, isso é o que mais me satisfaz. Hoje quem comanda com muita competência, é teu filho Rodrigo Leifer.
A sociedade de carnavalescas Tenentes do Diabo teve seu início no dia 05 de março de 1905 por marinheiros transferidos do Rio de Janeiro para nossa cidade. Eram fanáticos por carnaval, uma vez que o regime militar era muito rigoroso e por conta disso só podiam sair de suas bases no carnaval, quando ganhavam folga. Assim, a agremiação abrigou-se inicialmente em 1949 nos altos da Rua Felipe Schmidt, próximo à ponte Hercílio Luz. Lá construiu o seu galpão de carnaval e seus desfiles eram realizados na Praça XV de novembro, centro de Florianópolis/SC. Teve na presidência o sr. Orlando Scarpelli. Responsável por uma grande torcida na capital catarinense, quando o carnaval se aproximava eram feitas as apostas para ver qual sociedade levantava o “caneco” daquele ano. Bons tempos! Após isso, em 1971, sob o comando do dedicado presidente sr. Guilherme Nicolich Chaplin, a agremiação foi transferida para um terreno próximo à Assembléia Legislativa, também na região central da cidade. Teve vários carnavalescos dedicados como: o lendário David Gevaerd e seus imponentes carros de mutação, que levantavam muitos estágios e o público ficava sem reflexo e reação devido à grande altura da alegoria; Também João cheiroso, assim era chamado teve uma grande e importante contribuição para alguns títulos da agremiação carnavalesca; O popular Donga e seu inesquecível carro de mutação, retratado em nosso precioso acervo, chamado de “Duas épocas” – um carro alegórico que era um grande navio com um helicóptero que fazia evoluções para o público. Não conseguiu terminar devido ao seu falecimento. Em forma de homenagem e reconhecimento a agremiação colocou no navio seu nome. Em seguida, em 1975 inaugurou seu novo espaço. Um terreno próximo ao Veleiros da Ilha doado pelo Exmo. Sr. Governador do Estado na época, Sr. Colombo Machado Salles – nome dado ao galpão da sociedade. Com isso, foi formada a nova diretoria, tendo com tesoureiro o sr. Paulo Roberto Leifer Nunes, sr. Ataliba e outros colaboradores. Durante essa época a sociedade carnavalesca Tenentes do Diabo conseguiu o inédito e até hoje jamais alcançado por outra sociedade o nonacampeonato. Ficou sem ser batida de 1970 até 1978, sendo a maior campeã das grandes sociedades. Também nessa época se integrou a equipe carnavalesca o sr. Cláudio Vieira, ou se preferirem “Baca”. Fez carros importantes que contribuíram para essa rica e importante história na cidade de Florianópolis. Citamos aqui o “Casarão Colonial” – carro sobre nossa arquitetura antiga, ou seja, uma imensa casa, protegida por dois soldados em suas respectivas guaritas. Em 1993 foi realizado o último desfile da agremiação, sob o comando do Delegado de Polícia – sr, Paulo Roberto Leifer Nunes. Após, a área foi desapropriada e o terreno entregue ao governo do estado. Sagrou-se tri-campeã nesse período (1991 a 1993). Nesse perído teve como principais carnavalescos: sr. Murilo Pereira – artista plástico renomado em nossa cidade, sr. Nilton Manoel de Souza, Fábio soares Francisco, Sandro Lessa, Edson Poluceno e Rodrigo Leifer (filho). Assim, em 1996, o galpão foi demolido para dar início as obras dos túneis da Via expressa Sul. A sociedade carnavalesca e sua rica história de participação nos desfiles de carnaval de nossa cidade, referência em todo o Brasil com seus belos carros alegóricos de mutação estava fora da nossa festa. Ficou treze anos sem desfilar em Florianópolis. Rodrigo Henrique Leifer Nunes, amante dessa tradição cultural, filho do ex-presidente Paulo Roberto Leifer Nunes, crescido em galpão carnavalesco resolveu buscar forças e trazê-la novamente as suas origens. Tratou de organizar toda a burocracia, documentação da entidade, registro. Além de presidir, nas horas vagas também participa na carpintaria, decoração, elétrica e principalmente na mutação, uma vez que não existe mais pessoas que conhecem esse mecanismo acionado por cabos de aço e roldanas. Com a ajuda do amigo Tiago Silva – SETUR, tornou o sonho realidade. Foi emocionante relembrar o passado! Foi um sucesso sem palavras. Os antigos torcedores se emocionaram, antigos carnavalescos foram prestigiar, além dos turistas que sempre visitaram nossa cidade e contemplaram essa beleza rara. “Ainda temos muito por fazer”, declara o presidente Rodrigo Leifer. “Estamos partindo para a profissionalização do nosso carnaval com essas significativas reformas em nosso sambódromo. Apesar de estar abrigada em um galpão provisório na Rodovia Admar Gonzaga – itacorubi, temos grandes expectativas de conseguirmos com o governo do estado em parceria com a prefeitura da capital, esse tão sonhado espaço.” A cidade ganhará com mais atrações nos desfiles oficiais com o concursos de escolas de samba, grandes sociedades e blocos carnavalescos, como era antigamente. Vai alcançar com esse resgate o posto de terceiro melhor carnaval do Brasil, como já foi um dia...quem quiser saber mais visite o site... www.tenentesdodiabo.com.br

4 comentários:

Mariana Luz disse...

Nossa..achei uma vergonha esse desfile das grandes sociedades. Dinheiro público jogado no lixo, podiam ao menos ter feito algo mais belo de se ver..tem escola de samba fazendo carros de mutação que dão um banho no que vimos este ano na avenida...e olha que sou da época e gostaria muito de voltar a ver o que tínhamos antigamente...também...já passou...os novos que aí estão não tem mais o mínimo interesse em resgatar de verdade! Desculpe se falei demais, queria desabafar! Abraços ao colunista, o unico site onde lemos com conteúdo sobre o carnaval da nossa Desterro!

Anônimo disse...

SE AO MENOS SOUBESSE A SRA. MARIANA O QUANTO CADA ENTIDADE RECEBE, AS CONDIÇÕES FÍSICAS (ESPAÇO) PARA TAL CONFECÇÃO E DESLOCAMENTO DAS ALEGORIAS ATÉ O LOCAL DE DESFILE, NÃO FALAVA TANTA BESTEIRA.
GANHAMOS IRRISÓRIOS R$ 40.000,00 DA PREFEITURA E O CONTRATO É FAZERMOS APENAS UM CARRO. COM BOA VONTADE, COLOCAMOS DUAS ALEGORIAS E NOS TEMPOS MODERNOS, TUDO É BEM PAGO. DIFERENTEMENTE DOS TEMPOS ANTIGOS... COMPETIR COM UMA ESCOLA DE SAMBA QUE RECEBE R$ 1.000.000,00 E DIREITOS DE ARENA E DA RBS NÃO É FÁCIL...FICA O ESCLARECIMENTO DE PESSOAS QUE CONTRIBUEM DA MELHOR MANEIRA PARA O NOSSO CARNAVAL.

Anônimo disse...

A SRA. MARIANA NÃO TEM CONHECIMENTO DE CAUSA NAS GRANDES SOCIEDADES... NÃO SABEM AS CONDIÇÕES FÍSICAS (GALPÃO), DESLOCAMENTO DAS ALEGORIAS ATÉ O SAMBÓDROMO E ORÇAMENTO PARA TAL. PESQUISE MAIS E FALE MENOS...

Unknown disse...

Anonimo
É uma pouca vergonha o carnaval cada ano que passa fica morrendo, acabaram os clubes, marchinhas se foram, ainda bota essa pouca vergonha uns carros muito pobretão, deveria ser antigamente
na praça quinze, desfilando vários carros tenente do diabo, granadeiro da ilha, trevo de ouro
éra coisa de ouro, uma beleza de carroseram feitos de papel jornal com papel celafone, hoje tem tudo
é uma pouca vergonha.
Voltar no outro tempo seria melhor.